14 de out. de 2010

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“Sim, inverno, estamos vivos"
(Paulo Leminski)


A cabeça que pensa, pensa, pensa e não chega a lugar algum.
Fica tudo na mesma, o lugar é o mesmo,
mas eu não consigo imobilizar essa vida que se esconde dentro de mim.
Ela se camufla, não se revela, porque assim fica tudo mais difícil,
E quanto mais difícil mais ela se torna vida. E viver não é fácil.
Não falo de obrigações e rotinas, de diversões e horários definidos, é só uma parte dessa ampla vida. Falo daquilo de dentro, do abstrato que se materializa em nosso corpo.
Aaah, como é difícil sentir a dor de quem se reconhece vivo.
Acho que minha cabeça nem fala mais de coisa com coisa, porque não há razão praquilo que não existe no cotidiano. Mas o cotidiano é tão pequeno e nosso ser é tão extenso.
O ser é o que você tem, ou não tem, mas de alguma forma, tem tentado alcançar. Ou não. Talvez seja mais fácil viver sem mistificar, sem teorizar, sem duvidar, sem questionar, sem pensar... Mas viver não é isso.
E o inverno concorda comigo.


Grande e pouco resto.

Um comentário:

  1. Ritinha! Mas que bom que tu passaste no meu blog! Agora eu já sei o teu e passarei aqui com frequência. Já te adicionei lá na minha lista de blogs amigos.
    Adoro Leminski! E tô contigo, também sou dessas que não consegue não mistificar, teorizar, duvidar, questionar, pensar... E acho que a isso, justamente a isso, se resume grande parte da vida.
    Enfim, um beijão ni tu, menina fofa!

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