
-
“So please, please, please, Let me, let me,
let me, Let me get what I want this time”
-The smiths
Sou sempre a cobaia de mim mesma,
e sem teste, sem busca, sou a transparência que não quero ver.
Em dias felizes o sorriso é mais verdadeiro, é fácil.
Em dias felizes o caminho é menos longo,
Em dias felizes sou natural.
Nesses dias felizes sou distante de mim mesma.
Em dias ruins sou mais eu,
Sem medo, sem farsa, sem esforço,
Com cinismo.
E é aí que percebo do que preciso, e não tenho.
E outros podem ter, conseguem com tanta facilidade,
Pra mim não, é mais difícil, o simples torna-se inalcançável, o perto ganha distancia.
O possível é nulo.
A vontade de resolver um problema causando outro,
como o cigarro que é a saída de muitos, a solução momentânea.
Uma estratégia inteligente, pouco saudável.
Mas não precisamos de saúde se a doença que mata está intrínseca na alma.
Não fumo, portanto quero uma saída.
Gosto da frase de uma amiga minha: “Quando os pés estão descalços, que sandálias se tira para respirar?”
Nem sei mais o se o certo é esperar ou se é melhor ir à luta com toda a pouca força e coragem que tenho. Se tantas palavras já foram gastas, só me resta jogar as preciosas ao vento? Mas são minhas palavras, são os meus pés, é a minha alma, o meu coração; é todo esse amor que grita por liberdade, pra poder finalmente cumprir o seu propósito, o de amar.
Não há a pessoa certa, a ideal.
Basta querer, e quando se quer, nada mais justo do que permitir a primeira vez.