30 de dez. de 2010

Feliz ano velho.

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E mais um ano se vai, vai com tudo de bom e ruim que trouxe pra mim nesses doze meses, nesses longos dias, nessa estrada-vida. Faço um levantamento pra ter uma noção dos lucros e das perdas, dos ganhos, do bom, do péssimo.

Em suma, foi um bom ano. Um ano de metamorfose.

Lembro da virada 2009-2010. Como foi estranha aquela noite. Eu era um misto de alegria e tristeza, de sorriso fácil e decepção. Já era a mudança acenando com a mão pra mim...É, mudei. E hoje reconheço isso com certo orgulho. Foi necessário me aceitar. Permitir-me. Na virada eu não fiz votos. Devo ter fechado os olhos e pedido que Deus somente me guiasse nos dias, cuidasse de mim. Foi uma noite pouco confortável. E a chuva intensa era como um antecipar das sensações dos dias seguintes. Não criei expectativas.

Não foi à toa que ao acordar a primeira noticia que vi na televisão foi de abalar estruturas. A chuva e a destruição da pousada Sankai em Angra dos Reis, no RJ. A notícia de morte quando se espera noticias de festas e alegria não me fez muito bem. Então, não esperei muito de 2010.

Mas ele veio! Aprendi muito, não só com as mudanças. Aprendi com pessoas, com minha família, meu amigos e novos amigos, com os vacilos também. Sempre aprendo com meus erros. Só tenho a agradecer mesmo. Agradeço a vocês que enfeitaram meu ano com sorrisos, com choros, com abraços, com músicas, com livros, com amor, com paixão, com beijos, com carinho, com ligações e mensagens. Agradeço pelos e-mails que me fortaleceram tanto.

Olho pra trás com a sensação de tarefa cumprida. Nas responsabilidades diárias, na espera por resultados, no meu cotidiano, fiz tudo o que me era possível, e em alguns casos arrisquei o impossível também. O incomum.
Taí, bom saber que não me agradei do comum e busquei por pessoas e atitudes que não me fazem sentir comum.

Fiz escolhas, lembro bem. Chorei, lembro muito bem. Sofri as conseqüências. Eu sabia que elas viriam. Mas não me arrependo de ter sido eu. O corpo responde quando não estamos bem, quando forçamos a barra. Então melhor escolher o caminho que se quer.
Eu escolhi meu caminho. Tiveram momentos de pura solidão, sim. Foram necessários.
Enfim, hoje minha boca abre um sorriso calmo pra tudo que aconteceu, pras boas lembranças. E só tenho mesmo que agradecer.

Agradeço a vocês...

Obrigada, Mãe. Você me atura todos os dias, cuida de mim como ninguém, se preocupa. Faz de tudo pra que eu seja uma pessoa melhor. Não nego seus defeitos, muito menos os meus, mas soubemos lidar uma com a outra e nossa casa teve a tranqüilidade e paz que nos fez bem. Eu amo você.

Obrigada, irmão e cunhada. Vocês torcem por mim, se preocupam comigo, respeitam meu espaço, eu sei que vocês me amam muito. E eu só agradeço pela força que me deram nesse ano. Meu dia é dividido em antes e depois das ligações do irmão. Eu torci e hoje vejo os resultados positivos de muitos sacrifícios seus. Vocês dois são grandes referenciais pra mim. Amo vocês.

Obrigada, irmã. Você foi morar longe, mas sempre presente aqui com seu sorriso que emana de onde quer que esteja. E sempre suas broncas que me deixam com raiva, mas que me fazem crescer, me fazem mudar. Tá, venhamos e convenhamos, você exagera também. Mas sei que é porque quer que eu me destaque em tudo que faça. E nesse ano tive um p*** orgulho de você! Nossa, como as coisas aconteceram na sua vida. E por mais que a gente sorria a agradeça à sorte, eu sei que é tudo resultado do seu esforço e dedicação. Obrigada por sua alegria fácil e seu humor incrível. Amo você.


E difícil é agradecer a todos os amigos. São tantos. E ainda tem aqueles que nem são amigos, mas que marcam a gente de uma maneira que só a gente sabe. E vocês, amigos e não-amigos, vocês foram minha fonte diária de sorriso, de aprendizagem, de conselhos e de jogar palavrinhas ao ar.

Vocês me fizeram viver! E sabe, isso tem um valor incalculável, indecifrável até.
Vive muito nos meus 19 anos. Das experiências mais simples até as mais loucas, das sensações estranhas às mais incríveis.

Vivi sorrisos, vivi lágrimas, vive paixões, vive amor. Sorri poesias, comi livros, sonhei o impossível. As saídas, as visitas, as ruelas da cidade, as conversas virtuais, o anseio pela ligação, os filmes assistidos com chocolate, a casa da rejane cheia de arte. As conversas com sono na universidade, os ônibus cheios, estressantes e filosofais.

As viagens físicas e psicológicas. O interior dos tios e a lembrança da infância. O campo bonito e olhar pra ele e refletir sobre a vida. Uma semana de viagem com os amigos, as loucuras e presepadas na Paraíba. O sonho do sertão.

Ser pauta nas conversas dos tios e primos que adoram “tirar sarro” da minha cara, que se divertem com minhas ações bobas e as transformam em piadas internas mais bobas ainda. Vocês são demais! Amo vocês.

Nossa, tanta coisa me fez ser mais.
Um certo alguém, por exemplo, brilhou em mim. Foi forte e intenso o que vivemos. Não esperávamos, não causei. Simplesmente aconteceu. E nós seguimos a onda, deixamos ela nos levar. Sempre com os pés no chão, pra evitar uma futura perda, afinal, a amizade sempre foi o mais importante. E nós a preservamos. Mas foi real. A paixão veio pra movimentar os meus dias (in) comuns. E eu fui feliz com ela. Claro, chorei, tive medo, senti ciúmes, fiquei com raiva. Busquei justificativas na psicologia.... Sorri com as mensagens, me encantei com você. Fomos dois bobos.
Aprendi o quanto um colo distante pode ser confortável.
Obrigada, o amor ganhou um novo sentido. Afinal, o amanhã não existe.

E cresci. Amadureci. Como disse uma Amiga: “amadurecer significa criar um pouco de malícia”. Achei engraçada essa conclusão. É que achamos graça daquilo que fala de nós. É divertido a identificação de si em frases alheias. Pois é, a malícia construiu uma certa sabedoria em mim.

E com essa pouca sabedoria me despeço de 2010. Digo tchau com alegria, e espero com minha costumeira tranqüilidade esse ano que vem. Sem expectativas, aprendi a ser assim. Algumas metas, sim, pra não caminhar sem rumo. Mas não vou construir dias em votos. Eles serão livres. Quero ser livre.
Quero ter a liberdade pra receber cada dia e vivê-lo como se fosse o último. Com a urgência de quem anseia por sensações incríveis, e com a paz de quem quer ser feliz, sem ter que precisar muito da razão.

Um feliz ano velho. Seja bem vindo, 2011!

12 de dez. de 2010

Que jaz!

Hoje lembrou que a morte não avisa quando vai fazer visita
E que, às vezes, ela vem da forma mais cruel, mais destruidora.
Vem gerar lágrimas amargas e libertar corações presos, dores contidas.
Vem limpar todo vestígio de vida que porventura ainda exista dentro do seu ponto alvo.
Vem matar para provocar vida naqueles que sofrerão a dor a perda,
Gerando sensações que massacram os que precisam continuar vivendo,
E que não suportam mais tantos pêsames.
Vem com seu assombro pelos seres humanos,
Lembrar-nos que a única certeza de que podemos ter
É que um dia sua visita vamos receber.


Para Martha, uma menina bonita.
01/10/2010


E como a morte não descansa, não sabe o que é sentir alívio, ela prefere, às vezes, continuar com sua metralhadora apontando para o mesmo alvo. Dessa vez foi a mãe de Martha. Dois meses depois.


Remanescentes

6 de dez. de 2010

Solidez derretida.


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Foi assim, acordei com o 'sentir' de Ismália.
E no meu desvario, quis o vento do céu,
quis a frieza do mar.
E na torre da minha vida, percebi a loucura do sonhar.
Sonhei muito, sonho muito, quero pouco.
O céu me bastaria, o mar me lavaria.
Mas a torre balança, bagunça os sonhos, confunde o querer.
A torre me torna inconstante. A torre não me deixa viver.
A sede é grande, culpa do sal do mar.
O peso é grande, culpa da leveza do ar.
O céu fica longe, não sei se dá pra alcançar.

E quis conversar com Ismália, entender sua loucura, desvendar seu encanto.
Mas ela não parou de cantar.
Na minha torre não havia espaço pra vozes.
Na de Ismália, havia um coral de anjos.
Tentei cantar; descobri um anjo ferido, massacrado pelo silêncio de minha vida, entediado em minha torre.
Não soube o que fazer; as asas do anjo, que seriam minha fonte de liberdade, estavam machucadas. Então desafinei.

E foi assim, acordei com o 'viver' de Ismália.
E, acordada, sonhei com a alma assassinada.
Queria voar como a menina da torre, e eternizar meu corpo.
Elevar a alma ao céu, levitar.
Nadar nas águas do mar, descobrir seus mistérios.
Queria refletir no céu, na lua que encontrei no mar.
Mas Ismália foi mais feliz, teve coragem.
Ismalia foi forte: nadou no mar, abriu os céus.


E eu, me pus na torre a chorar.

E foi assim, fui dormir com o 'morrer' de Ismália.



restos poéticos dedicados à Ismália, a mesma de Alphonsus de Guimaraens

16 de nov. de 2010

Do avesso.

Do avesso.

Preciso do básico, do jeans e do chão.
Sobre o piso de todo dia desvendar aqueles que aqui estão.
Sobre a cama escutar o som que não me oferece muito, só som.
E nos cafés da manhã despertar o sono que não faz visitas a noite, que deixa os olhos fechados e as olheiras com um charme que não encanta.
E no começo perceber o fim, e no fim me espantar com a beleza do começo.
E nas tardes descansar por esforço nenhum, refletir em meio aos gritos do pensamento.
Vestir o jeans que marca o corpo pra esconder as manchas da pele, as manchas da falta de cor.
E alimentar minha fome pra que ela nunca me abandone, nunca se esqueça de mim, porque ela sempre volta, e assim meu corpo sabe que está vivo e que pelo menos alguém o quer com tanta intensidade, com tanta força. Sempre assídua e pontual, a fome por comida que faz de mim um ser animal; um ser que, pelo menos por um instante, não tem duvidas do que quer, não hesita em buscar o que necessita.
Preciso ter coragem pra ter fome de vida da mesma forma como tenho fome de comida.




remanescentes, somente.

29 de out. de 2010

Não Fumo



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“So please, please, please, Let me, let me,
let me, Let me get what I want this time”
-The smiths



Sou sempre a cobaia de mim mesma,
e sem teste, sem busca, sou a transparência que não quero ver.
Em dias felizes o sorriso é mais verdadeiro, é fácil.
Em dias felizes o caminho é menos longo,
Em dias felizes sou natural.
Nesses dias felizes sou distante de mim mesma.

Em dias ruins sou mais eu,
Sem medo, sem farsa, sem esforço,
Com cinismo.
E é aí que percebo do que preciso, e não tenho.
E outros podem ter, conseguem com tanta facilidade,
Pra mim não, é mais difícil, o simples torna-se inalcançável, o perto ganha distancia.
O possível é nulo.

A vontade de resolver um problema causando outro,
como o cigarro que é a saída de muitos, a solução momentânea.
Uma estratégia inteligente, pouco saudável.
Mas não precisamos de saúde se a doença que mata está intrínseca na alma.
Não fumo, portanto quero uma saída.

Gosto da frase de uma amiga minha: “Quando os pés estão descalços, que sandálias se tira para respirar?”

Nem sei mais o se o certo é esperar ou se é melhor ir à luta com toda a pouca força e coragem que tenho. Se tantas palavras já foram gastas, só me resta jogar as preciosas ao vento? Mas são minhas palavras, são os meus pés, é a minha alma, o meu coração; é todo esse amor que grita por liberdade, pra poder finalmente cumprir o seu propósito, o de amar.

Não há a pessoa certa, a ideal.
Basta querer, e quando se quer, nada mais justo do que permitir a primeira vez.

14 de out. de 2010

.......

“Sim, inverno, estamos vivos"
(Paulo Leminski)


A cabeça que pensa, pensa, pensa e não chega a lugar algum.
Fica tudo na mesma, o lugar é o mesmo,
mas eu não consigo imobilizar essa vida que se esconde dentro de mim.
Ela se camufla, não se revela, porque assim fica tudo mais difícil,
E quanto mais difícil mais ela se torna vida. E viver não é fácil.
Não falo de obrigações e rotinas, de diversões e horários definidos, é só uma parte dessa ampla vida. Falo daquilo de dentro, do abstrato que se materializa em nosso corpo.
Aaah, como é difícil sentir a dor de quem se reconhece vivo.
Acho que minha cabeça nem fala mais de coisa com coisa, porque não há razão praquilo que não existe no cotidiano. Mas o cotidiano é tão pequeno e nosso ser é tão extenso.
O ser é o que você tem, ou não tem, mas de alguma forma, tem tentado alcançar. Ou não. Talvez seja mais fácil viver sem mistificar, sem teorizar, sem duvidar, sem questionar, sem pensar... Mas viver não é isso.
E o inverno concorda comigo.


Grande e pouco resto.

8 de out. de 2010

Eu, mas você.

Mas você não tem forma.
Eu canto porque gosto de me ouvir quando penso em você, sou diferente.
Mas você nunca foi em minha casa.
Eu penso que as flores poderiam falar, andar e cantar, porque elas te deixam mais belo.
Mas você não sabe ser feliz.
Eu busco você em todos os movimetos estranhos que me assustam quando estou distraída.
Mas você não gosta de sair pra passear.
Eu lembro de você quando o meu vizinho chega buzinando com o carro dele; nunca é você, você não sabe dirigir.
Mas você não se arrepia em filme romântico.
Eu leio as revistas e os jornais pensando que sua inteligência seria um estímulo pra minha estagnação mental.
Mas você nunca leu Dostoievski.
Eu gosto do seu sorriso. Ele é tão cheio de paz e é como aquela canção que nos embalou no nosso primeiro encontro imprevisto.
Mas você não sabe ressaltar seu brilho.
Eu lembro das suas palavras... “eu gosto de cachorro. Ca-cho-rro é amigo do homem....Ser homem é s-e-r estranho”...uma frase inteligente dita sem pensar que me fez não tirar os olhos de você.
Mas seus olhos verdes não são confortantes.
Eu sei que sua mão é macia. Você passou ela pela minha uma vez, sem vontade, e eu a senti, e ela é macia, do jeito que minha aspereza precisa.
Mas você gosta de Samba.
Eu gosto do seu andar, sem pressa, mas sempre anda como alguém que sabe o que quer, como alguém que já tem o destino traçado.
Mas sua vida é baseada em horóscopos.
Eu gosto da sua educação, me faz pensar que seu quarto é limpo, mas nunca fui na sua casa.
Mas você tem medo de quase tudo.
Eu quero beijar você.
Mas você não sabe cantar.


restinhos da madrugada

28 de set. de 2010

em trilhos

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E num ritmo leve e bom a vida segue.
Segue em trilhos confusos, cheios de contornos,
Trilhos barulhentos.

E hoje mais do que nunca tenho a certeza de que
Posso ser mais do que sempre fui.
É uma afirmação que vai além das musicas
e dos livros, além das verdades alheias.
É a auto-afirmação e o entender
que a auto-aceitação é necessária.

Conversando com uma amiga que gosto tanto porque com ela me identifico e muito me inspira seu jeito, concluímos que a mudança é sim bem vinda. Necessário é descobrir o ‘eu’ que ainda se esconde dentro de nós, um “eu” tímido, talvez sempre reprimido pela nossa consciência inexperiente. E esse ‘eu’ pode não ser lá muito bom, pode não ser muito bem aceito pelos outros, mas é isso que somos, é o que tenho em mim, e não se vive fechando as portas pra si mesmo.

E cá estamos nós, seguindo a vida que começa todos os dias, e que nunca termina, segue seu ciclo que se inova. Há pacotes que se abrem e neles desvendamos que o melhor ou o pior de nós ainda está por vir.


E esse por vir não demora a chegar...
Já posso ver a próxima parada do trem.

21 de set. de 2010

Caminho meu.





Só.

E hoje foi um dia de ociosidade, dias que se repetem sempre que umas raras
dores visitam meu corpo fraco, e, com a sensibilidade em alta, a mente voa e descobre os caminhos de dentro que precisam ser explorados, caminhos quase nunca trafegáveis.

Há poucos problemas na estrada, umas pedras aqui e acolá, algumas barreiras às vezes,
pois estrada tranqüila eu sou.
Árvores nas laterais, muitas árvores, cores variadas, verde, amarelo, laranja.
Algumas cores falidas também decoram esse cenário interno e compartilham do espaço com meu eu “preto e branco”.

E são estradas novas, caminhos diferentes, estranhos; são os passos que preciso dar. E não há muito espaço, portanto, poucas pessoas podem me acompanhar.
Não há contra-mão, é pra frente que se anda, só uma direção.

E vou desenhando passos tímidos em mim, o medo de me descobrir é grande, porque as possibilidades são tantas que chegam a me assustar. A vida é incrível...e “tão maior que tudo”.

E eu preciso dos desvios, eles balançam o caminho mas são necessários, são como os passos difíceis das coreografias que dançava em uma época da vida: desafios vencidos pelo corpo e a beleza de um ritmo complicado, que geram uma contemplação visual rara. Os desvios são a descoberta de mim.
Apesar de permanecer a mesma, hoje sou mais aberta pro novo e para as diferenças.
Em busca de uma Ideologia.

Quando paro, cansada, sento em algum banco pensando se pode surgir bem ao longe alguém, alguém pra oferecer uma carona, algum “eu” perdido sem mapa dentro de mim.
Então continuaremos o caminho; mostrarei, cansada, pra esse ‘’eu’’, que a viagem pode ser bem mais bela sem um caminho já traçado, sem mapa, pois os espaços geográficos já delimitados em mim não surpreendem, são tranqüilos comuns. Mas ainda há terra inexplorada a me (ou nos) esperar.

E descubro que isso eu sou: uma estrada a percorrer, uma cidade inabitada, uns lagos e algumas árvores pra enfeitar e muita neblina pra confundir.
Um ser bonito que há em mim,
em dias de dores.


Rb 14/09/2010.



Remanescentes bonitos

11 de set. de 2010

''Livre como um Deus''

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Meus olhos brilham pretos
Meus lábios sem palavras
Meus gestos com timidez
Meus dedos mal pintados
Meu rosto sem segredos


Sorrindo leite em lágrimas



parafraseando o Nandoreis.


e os restos me completam

10 de set. de 2010

.

rabiscos que esperam,

e chegam na hora certa.



restinhos

5 de set. de 2010

Silêncio comum

Há tempos que não deixo meus restos aqui.
Vou deixar um remanescente de alguns meses atrás,
só porque sinto que é importante não deixar esse meu espaço morrer
(mesmo que eu esteja falando só pra mim mesma)



O silencio é gritante,
As palavras fazem uma visita vazia.
Me sinto só.
O vento vem chamar minha atenção distraída,
Tentar me animar, mas só o cabelo se manifesta.
Viajo nas letras das páginas de um livro pra conversar com alguém,
Mas as histórias são longínquas, não fazem mais parte do que vivo.
O mundo é outro, as pessoas não. Continuam as mesmas.
Eu continuo aqui.


22/04/2010 RB



remanescentes

3 de ago. de 2010

Sétimo mês do ano

Depois de uma viagem bem louca pra outro estado
(com o reggae da Neguinha pra animar,)
em um encontro com estudantes de todo o Brasil e
uma semana com uma rotina bem fora do comum, a convivência com sotaques e estilos bem diferentes uns dos outros, vozes e sons que se divertiam nas madrugadas,muitas histórias, filas gigantescas e passeios bem divertidos.A volta pra casa com rostos e corpos cansados. A alegria do abraço da mãe e alívio de voltar a dormir na minha cama.

A busca por novas experiências, a necessidade dos amigos e saideiras com eles. Livros clichês e livros bons, muito bons.
'Cadeira de férias' e a rotina menos virtual e mais real possivel.
O dia que, de uma forma não planejada, tornou-se inesquecível.
Pessoas que me marcaram e que não sabem.
Tardes de sono e música.
Email's e sms's bonitos, fofos.
A aceitação própria e a vontade de viver o que quero viver.
Não mais sobreviver.


Tchau, Julho de 2010, Você foi legal comigo.



remanescentes inesquecíveis

23 de jun. de 2010

Definindo o indefinível

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sou várias interrogações:
uma definição.
feita de vírgulas:
sou interrupção.
criada com exclamações:
sou discrição, mansidão.
Em meio aos travessões:
sou silêncio.
Algumas aspas:
sou eu mesma.
Repleta de reticências:
sou um infinito.
um ponto final?
bem, não tenho um ponto final.


Gramática e vida


remanescentes.

10 de jun. de 2010

Poderia ser resto.

Certas considerações a fazer:

Não, não sou um anjo.

Você pode estar começando muito bem o seu dia: os passarinhos melodiando a manhã ensolarada e de céu azul; um vento frio pra acalmar(algo bem raro nessa cidade quente); disposição para estudar em um dia de aulas relativamente chatas, enfim, começar bem o dia...
até o ônibus parar em um sinal e meus olhos verem uma mulher, quase senhora, agachada num calçada juntando terra (sim, terra!)do chão e comendo, sua primeira,e talvez a única, alimentação do dia.
Eu não consigo, eu fujo, fecho os olhos, olho pro chão,não consigo.
A visível indiferença do olhar não revela o imenso peso do coração, a total raiva do mundo, de mim, de tudo. Talvez seja a atitude mais covarde, mas não é indiferença.
Nas refeições feitas durante esse dia, me vem a cena de volta, eu a vejo ainda, pegando terra e mastigando com muita vontade, sem cara feia, tentando aliviar a fome de mais um dia na sua miserável, necessitada vida.
Pensando bem, foi um péssimo dia.


Poderia ser resto

2 de jun. de 2010

entre aspas

"De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir."
(Caio F. Abreu; vulgo: O cara)




remanescentes

18 de mai. de 2010

Casulo




Meus olhos se assustam com essa metamorfose.
E essa mente dubia confunde mais, perturba mais, questiona mais.
Já não tenho medo do escuro.
Abri as correntes e meu coração saiu correndo, feito um desavisado,
perdi o controle. Sinto-me viva.
Mas, como uma sirene que alerta, meu cérebro avisa:" Tudo o que você planta, você vai colher".
Já não sou mais a mesma.
Outras letras querem compor o repertório da minha vida. Mas sei que preciso de muito mais que lindas canções,mais que novos ritmos. Tiro o fone do ouvido.
Não escuto minha voz, mas ela grita, ela chama, ela clama...
sinto o mundo cruel.
Minha alma revolucionária pegou o controle, ligou a TV e sentou no sofá. Perdi a vontade.
Mas ainda me resta a Fé; é ela que me mantém, ela me faz ainda acreditar.
Me faz Esperar?? Não mais...
Quero tirar o pé do freio, acelerar e não olhar pro lado, pra não correr o risco de ser tentada a desviar o caminho. Mas, para onde estou indo??Acho que perdi o mapa.
Não sou mais a mesma.
É uma mudança estranha, mas uma mudança real.
Metamorfose.


remanescentes de mim

17 de mai. de 2010

Vícios

Acabei de ler mais um livro de Jostein Gaarder, que como sempre, me surpreende, me encanta com suas cartas inseridas no enredo, desenvolvendo uma história de ensino filosófico, magia, fantasia, e muitas verdades, muitas verdades.
Trechos de O dia do Curinga


"Eu gostaria tanto de pensar um pensamento que fosse tão difícil que eu não conseguisse pensá-lo. Mas não consigo" (nove de ouros)

"O que está dentro da caixa revela o que está fora, e o que está fora da caixa revela o que está dentro"

"Quem quer entender o destino, tem de sobreviver a ele" (Rei de espadas)

"Como é que se escapa do cárcere escuro e profundo da consciencia? Que tipo de escada se usa para isso?"(Curinga)

"Nada é tão complicado e tão possessivo quanto um ser humano, meu filho.Apesar disso, somos tratados como futilidades baratas"

"Percebi que os olhos de Frode também se encheram de lágrimas. E nesse momento entendi que nenhuma de suas criaturas lhe dizia tanto ao coração quanto aquele pequeno amotinador"

"Sempre é preciso cantar a regra antes de cortar o monte de cartas" (curinga)

"Não dá pra alterar com a mão o curso de um barco em movimento"

"Pois maior do que tudo é o amor. E nem o tempo nem de longe consegue apagá-lo com a mesma rapidez com que apaga as lembranças"



remanescentes de uma "curinga"

27 de abr. de 2010

"Ainda não passou"

Da admiração, a simpatia,
da simpatia, o carinho,
do carinho, a paixão,
da paixão...enfim.

Ela o queria perto,ele se fez presente.
Palavras, muitas palavras.
Verdades ditas, sinceridade.
Entrega, exposição do mais íntimo.
Aconteceu.

Ele a queria próxima, ela se esforçou.
Expôs verdades, medos,meias palavras.
Entregou-se,venceu barreiras.
Viveu.

Mas vieram os poréns, os contras, os 'nãos'.
Impossibilidades a os cercar.
Distância. Medo,insegurança.
Vontades

Tudo ganha uma nova forma; molda-se a felicidade.
Um novo sentido, um novo caminho.



Razão segurando nossas mãos. Tudo poderia ser mais fácil.
Mas nós somos dificeis. Um com seus estigmas; outro com seus bloqueios.
Pausa.

Ficamos por aqui. Sem saber qual o próximo passo;
sem querer que o outro sofra.


Somos uma incógnita.
Mas sabemos o que queremos.
Eu te quero bem, você me quer bem.
Nada mais precisa ter sentido;
afinal o amanhã não existe.




não é resto.

18 de abr. de 2010

Não rotule ninguém

Incrivel como uma noite tão feliz se torna tao sombria com uma simples palavra, com um gesto. E tudo muito rápido.
Muitas vezes deixei de fazer o errado pra fazer o certo, pelo menos fazer as coisas da forma como convinha. Quantas e quantas vezes abandonei o desprezável.
Hoje paro e penso se valeu a pena. Apesar de nao me arrepender de nenhuma das minhas ações desses ultimos anos, penso se realmente fui justa comigo e com algumas pessoas.
Lembro as palavras, lembro os sacrificios, lembro dos choros, lembro das recompensas, dos prazeres, e anexado a tudo isso meu cerebro me faz pensar naquilo que deixei pra traz, no não-vivido, no excluído. Hoje tento resgatar algumas dessas coisas perdidas,e os olhos de repreensão não são poucos. Mas Porque?
Se um dia eu percebi que deletei da minha vida momentos, e até mesmo pessoas, tão especiais, tão importantes, até mesmo necessarios...
Hoje me redescubro nesses minunciosos detalhes, tao comuns pra uns, e tao representativos pra mim. Se é certo ou errado, realmente, não sei. Mas até essa definição ja nao tem muito sentido pra mim, essa mania de rotular atitudes, sentimentos, como ideal e como não-ideal, enfim, isso ja perde a força diante de seres humanos tão instaveis, tao diferentes, e tão bons.
Só quero esquecer tudo isso e enfrentar as coisas com força, porque até essa ja não me ocorre com tanta frequencia.
é que certas palavras nos arrancam de uma maneira tão perversa e cruel a força que nos faz seguir em frente.



remanescentes, apenas isso.

9 de abr. de 2010

Ultima Romântica?

-

Por LuluSantos

Faltava abandonar a velha escola
Tomar o mundo feito coca-cola
Fazer da minha vida sempre
O meu passeio público
E ao mesmo tempo fazer dela
O meu caminho só
Único

Talvez eu seja
O último romântico
Dos litorais
Desse Oceano Atlântico...

Só falta reunir
A zona norte à zona sul
Iluminar a vida
Já que a morte cai do azul...

Só falta te querer
Te ganhar e te perder

Falta eu acordar
Ser gente grande
Prá poder chorar...

Me dá um beijo, então
Aperta a minha mão
Tolice é viver a vida
Assim, sem aventura
Deixa ser
Pelo coração
Se é loucura então
Melhor não ter razão


resto, resto, resto

27 de mar. de 2010

.



-

Rebeca nunca foi beijada,
Não sabe o que é ter aqueles lábios tão desejados Junto aos seus;
Nunca saiu por aí de mãos dadas,
Nunca nem encostou nos braços dele;
Ela nunca recebeu a tão sonhada ligação,
só passa ligações;
Nunca ouviu num sussurro o almeijadíssimo “Eu te amo”,
Ela não sabe o que é o amor; sabe o que é amar

Rebeca sente que a vida passa e que ela ficou no mesmo lugar,
O mundo da voltas e voltas e ela só sente o vento passar,
As pessoas contam suas histórias, descrevem seus encontros e desamores,
E Rebeca acha que são narrações cheias de exageros, enfeitadas com cores e
Sorrisos que, na verdade, nunca existiram;
Rebeca não tem história pra contar.

Rebeca não sai à noite, as únicas coisas que a fazem virar as madrugadas
são os livros, e os diários nunca terminados.
Ela não sabe o que é ter um álcool deslizando pela garganta,
O máximo que bebe é suco de laranja;
Não gosta de dançar em publico,
Mas o seu quarto é uma verdadeira pista de dança.

Rebeca sonha alto, bem alto que até as paredes escutam,
(Ela só tem uma amiga);
Faz planos, traça metas, mas quando sente que esta perto dos
Seus objetivos serem alcançados, a perna treme e o coração aperta
tanto, que sabe que nunca vai extravasar essa vontade que sufoca seu ser;

Rebeca tem medo de nunca tenha uma história pra contar,
Mas ela sabe que histórias não podem ser escritas se não houver um protagonista,
Rebeca tem plena certeza de que não passa de uma coadjuvante.

14 de mar. de 2010

...




"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar."

Rubem Alves

Falso retrato

Fotografei, você não viu
Verdade no meu olhar
Felicidade não sorriu
Fingiu somente que estava lá

Me revelei, você despiu
Tristeza em todo lugar
Mentiu tão bem que nos uniu
Um bom motivo pra me lembrar que
Quando percebe o desgosto do gasto
E gosto da farsa
Disfarça que não tem tamanho
Nem foco, nem brilho, nem alma, nem cor
E ainda desmente que medo não sente
Que tudo é pecado e nada é perdão
Felicidade reinará

E o dia raiou
Tudo em claro e viva cor
O sol em meu mural
Desbota a minha dor


Não paro, passo, faço, me encontro
Num retrato três por quatro
Não me enquadro ao teu lado, não

Emoldurei o fim por vir
Polaroid pra registrar
Revejo assim o que não vi
Retrato que ainda não há

Recordar o que sobrou,
meu sub exposto olhar

by Moveis Coloniais de Acaju

Remanescentes musicais e sentimentais

4 de mar. de 2010

Não há título para dores





Ontem chorei.
As lágrimas conseguiram se libertar de mim,
rolaram em meu rosto,externando um rio de dúvidas
que corre dentro de mim.
As palavras fluiram,em meio aos soluços e pausas,
simplesmente fluiram.
Uma voz de raiva, de dor, uma voz frágil, sem cor.
Falei pras paredes,joguei minha raiva, minhas dúvidas,
minha falta de fé, desesperança. Tudo acontece com todo mundo!?
Falei para o teto, meu medo, minha vontade de mudar, de ser livre.
Gritei aos céus: "Não me deixe sozinha, Deus."
Insegurança.

Uma vontade de viver a vida, e uma raiva de coisas não vividas.
Um choro sincero, de uma menina fragil e mal entendida.
Cansei das condenações, de injustiças, de pessoas que falam muito,
mas revelam tão pouco em atitudes.
Também cansei da autocondenação.
Quero ser livre pra mim mesma!!

as lágrimas saíram, mas o que permanece dentro de mim me faz
ser insegura,faz-me ter medo, motiva-me a fé!
Sinto-me num campo de batalha, lutando contra mim, sem armas, sem
força, sem nada. Alguém percebe essa dor??

Aí me vem a bela e fidelíssima companheira, chamada razão; vem com toda a sua delicadeza e sensatez me mostrar que, se eu decidir permanecer e lutar pelo que é bom, conseguirei chegar lá, maaas, pra onde estou indo mesmo??

Preciso de um mapa pra me ajudar!!Há??

...

depois de tudo, acho que pude ouvir, quase ao longe,como um sussurro,
um vento,vindo não sei de onde, nem sua intensidade,nem quando
chega, mas um vento vem em minha direção, pra me fazer sentir
tudo o que preciso, tudo o que quero,o que almejo...
vem pra consolar-me desse choro que me fez melhor
, até hoje.



remanescentes de um coração saturado

1 de mar. de 2010

para Dingre

-
Hoje é dia de despedida,poderia estar triste, chorando, pra baixo, mas não,estou feliz. Um sentimento de paz meio que pairou em mim nessa manhã quente dessa ilha.
DINGRE vai embora, vai morar em outra cidade e não tenho a mínima ideia de quando a verei de novo.
Mesmo assim, to feliz. Feliz por ela e por essa amizadeque 'do nada' surgiu; amizade que fluiu naturalmente e que nos fez tão cumplices, tão próximas,tudo em tão pouco tempo,que mesmo essa distancia não irar quebrar essa força, essa necessidade de que temos uma da outra:dos conselhos, palavras amigas, gargalhadas,
sorrisos cumplices, conversas,musicas,textos, enfim.
"Mulheer, você me cativou!"



Vai pra lá e seja feliz, muito feliz, e continue olhando os mundos com esses olhos de quem percebe,captura o essencial do viver, do dia-a-dia, da via láctea ;), de tudo. E quando for preciso, faça como vc mesma disse:Feche os olhos e nos(Isaque e Rê)imagine por perto, de maneira que a saudade seja só um detalhe, seja até bom de se sentir, porque quando formos te visitar, o tempo terá um novo valor pra todos nós...valor esse que vc conhece muito bem. ;)

Em homenagem, segue um dos muitos textos dela que eu simplesmente amo:
-

depois das oito

cecília tinha cabelos longos, era jovem, gostava de escrever. voltava do trabalho, um jornal, e passava por três sinais. cecília era solteira, sozinha, gostava de leite quente. a mãe reclamava da falta de cuidado dela com suas escolhas no vestuário. cecília era bonita, mário também. mário sorria largo, sorria raramente. mário comia batatas cozidas porque a tia lhe empurrava, preferia cenouras. cecília cantava só, vivia só. mário tinha dois ou três amigos.mário gostava de fotografar. cecília teve um artigo seu publicado junto a uma fotografia de mário, cecília não o conhecia. mário não se conhecia - antes eu tivesse feito administração, antes eu tivesse sido ator! cecília não sabia cozinhar - antes tivesse ido morar numa república, mas e o meu espaço? não não, como arroz queimado mesmo. mário usava meias brancas e dirigia um carro que tinha umas duas décadas. cecília gostava de poesia. mário fazia algumas músicas e não as cantava. cecília escrevia muito e ganhava pouco. cecília e mário talvez tivessem sido felizes se fossem um casal. mário ficou nervoso, roubaram sua câmera perto do bosque - com quê vou me sustentar agora? cecília esqueceu as chaves no trabalho, atravessou dois sinais para buscá-las de volta. mário não tem mais emprego então, mário não viu o sinal vermelho. cecília precisava pegar logo as chaves - só mais um sinal! mário atropelou uma mulher. cecília morreu na ambulância. mário faz análise - era linda a mulher do sinal, era
lindo o seu rosto, droga! a mãe de cecília chorou, a chave da casa estava no bolso do casaco usado no velório. mário não faz mais músicas. cecília tem poemas esquecidos. a tia de mário decidiu então agradá-lo com cenouras.
Ingred Sampaio

27 de fev. de 2010

apenas restos

-

Nem tudo precisa ser dito,nem tudo precisa ser entendido.
Calar-se nem sempre é sinônimo de fraqueza.
Ocultar-se nem sempre demonstra medo.
No silêncio posso
descobrir as fontes de que preciso pra prosseguir;
sozinho você se enxerga melhor, descobre o que há dentro de
você que,normalmente, torna-se imperceptível ao'estar junto'de alguém.
Não quero a solidão como um estado permanente em minha vida,
não curto o isolamento, mas acredito que todos nós
precisamos daquele, ou daqueles momentos
em que você para e pensa em si e em tudo que está ao seu redor, nos erros
constantes, nos planos incertos, nos sonhos frustados e na felicidade, sim, nessa tão almejada felicidade,que pra mim pode ser conquistada da forma mais simples.
Sozinha eu consigo percerber o quanto sou feliz(mesmo triste),
sim, porque mesmo isolada, tem sempre alguem comigo.
Sempre tem.


remanescentes de mim

26 de fev. de 2010

,

Odeio futilidades.
Simplesmente, odeio.


apenas restos

14 de fev. de 2010

Pois é.

-

"Deus não está interessado no que você faz, mas sim em quem você é "

Luciano Subirá

Mudança

-
Quero mudar, experimentar coisas novas, novos ares,
Sentir um vento diferente vir de encontro ao meu rosto e levar com ele meu cabelo.
Andar em ruas diferentes, caminhos diferentes,
novos caminhos.
Ter um novo aconchego, refletir em um quarto diferente.
Comer numa outra mesa...sentir o novo.
Fotografar novos cenários. Descobrir o novo belo
Quero a mudança das circunstâncias, do dia-a-dia, quero a mudança que acontece internamente, aquela que só você percebe, as pessoas só se dão conta quando as atitudes
já não são mais as mesmas.
Crer nas promessas, sim. Prometer, não. Fazer, sim....Fazer acontecer.
Ler novos livros e descobrir que existem sim outros mundos,
Ouvir novas músicas e ter a sensação de que a batida do som me levará além do que imagino.
Viver um amor.Novas pessoas.
Conversar novas conversas, com os mesmos amigos.
Olhar o verde e o céu e ter um motivo pra acordar feliz.
Ouvir o chamado de mamãe e saber que não estou sozinha.
Estar convicta da permanência de Deus, afinal ele sempre permanece.
Viajar, conhecer aqueles lugares dos sonhos indescritíveis.
Descobrir; Me redescobrir

10 de fev. de 2010

Calados

-lembra quando tu ficavas triste do meu lado sem conseguir dizer nada??
Só havia silencio e nó na garganta!!
-Lembro!
-O silêncio faz bem!

O ombro amigo vai estar sempre aqui

26 de jan. de 2010

Superficial

Perto, porém distante.
Próximo,mas sem profundidade.
Hipocrisia. Superficialidade.

Relações humanas são dificeis, são complicadas.
E ainda conseguimos deixa-las mais complexas do que já são.
Conseguimos olhar nos olhos do proximo e nao enxergar o sentimeno que grita num brilho do olhar.
Conseguimos conversar e nao decifrar as palavras mais tristes.
Conseguimos abraçar sem sentir o calor humano.
Conseguimos acompanhar e nao notar a solidão.
Triste,conseguimos.

Atitudes,gestos, palavras(ou a falta delas),
como ser tão indiferente??
como ser tão insensível??
como ser humano??

Nunca vou deixar de crer nas pessoas e nas relações humanas.
Só devemos parar pra rever certas atitudes que temos e que nos afastam daqueles que realmente são importantes pra nós.

Porque é triste,mas percebi que...
Há presença cheia de ausência.
Há carinho sem amor.
Há choro sem dor.
Há...

17 de jan. de 2010

remanescentes

Ando muito a fim de entender o mundo e o porquê das coisas.
querendo compreender o imcompreensível.
Talvez esteja perdendo meu tempo, precioso tempo,
mas preciso ver as coisas com mais clareza...
se é que isso é possivel!!