Hoje lembrou que a morte não avisa quando vai fazer visita
E que, às vezes, ela vem da forma mais cruel, mais destruidora.
Vem gerar lágrimas amargas e libertar corações presos, dores contidas.
Vem limpar todo vestígio de vida que porventura ainda exista dentro do seu ponto alvo.
Vem matar para provocar vida naqueles que sofrerão a dor a perda,
Gerando sensações que massacram os que precisam continuar vivendo,
E que não suportam mais tantos pêsames.
Vem com seu assombro pelos seres humanos,
Lembrar-nos que a única certeza de que podemos ter
É que um dia sua visita vamos receber.
Para Martha, uma menina bonita.
01/10/2010
E como a morte não descansa, não sabe o que é sentir alívio, ela prefere, às vezes, continuar com sua metralhadora apontando para o mesmo alvo. Dessa vez foi a mãe de Martha. Dois meses depois.
Remanescentes
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